
Por Valdeci Gomes no dia em Notícias
A eqüinocultura, quando bem conduzida, permite resultados satisfatórios, o que possibilita a integração de criadores de diferentes modalidades, tanto de grande, médio ou pequeno porte, o mercado é bastante amplo para acolher a todos, podendo tornar-se uma alternativa econômica bem-sucedida.
Mas para ter um bom plantel e se destacar no mercado é necessário muito empenho e essencial, de início, adquirir uma égua de genética superior. Escolher o melhor acasalamento também é fundamental para o sucesso.
Após a escolha do garanhão ideal, o próximo passo é a efetivação da prenhez, que pode ser de modo natural ou através de transferência de embrião. Concretizada a prenhez, é hora de iniciar os cuidados que mãe e feto necessitam e que são primordiais para o nascimento de um produto saudável.
É um grande equívoco pensar em cuidar do produto somente após seu nascimento, pois ele é o futuro dessa criação e sua formação intrauterina é que irá garantir seu potencial de desenvolvimento para toda a vida.
As éguas prenhes necessitam de uma pastagem de boa qualidade, em quantidade ideal, local limpo para evitar os riscos com acidentes, água fresca à vontade, sais minerais, vacinas e vermífugos, com o acompanhamento da gestação por um profissional, de acordo com o manejo implantado na localidade.
No terço final de gestação é importantíssimo suplementar bem a égua, complementar a alimentação com rações balanceadas, para um maior desenvolvimento do feto, pois é a época em que o mesmo está crescendo e ganhando peso, requerendo uma demanda maior de nutrientes. Esse desenvolvimento se dá devido ao potencial genético para o crescimento e os limites impostos no suprimento dos nutrientes da mãe. A disponibilidade de mineral à vontade para os animais é essencial em todas as fases da vida dos equinos, mas na gestação, lactação e em potros em crescimento é fundamental (no caso dos produtos, devido a sua formação e crescimento que é muito rápido durante o primeiro ano de vida).
O parto também é um momento muito importante neste cenário e requer um ambiente tranquilo onde a égua se sinta segura, pois um dos motivos pelo qual, é que ele ocorre preferencialmente á noite.
A eliminação da placenta é algo que deve ser observado à distância sem incomodar mãe e filho e não sendo expulsa em até 8 horas após o parto deve-se chamar um profissional para efetuar os procedimentos necessários. Sua retenção pode causar sérios problemas tanto para a égua como para o produto, resultando em enfermidades como: toxemia, laminite, febre e consequente diminuição do leite.
Normalmente um produto saudável se esforça para se livrar dos restos do parto, fica em pé no período de uma ou duas horas, procura o úbere da mãe e suga o teto com avidez. É importante lembrar que a égua primípara normalmente tem um parto mais demorado e difícil que pode causar desconforto fazendo com que não permita que o potro mame e até rejeite o filho. Uma boa avaliação da situação e a intervenção rápida do veterinário pode sanar esse problema e não causar danos maiores para mãe e filho.
Ao nascer, o produto não tem nenhuma defesa contra os micro-organismos presentes no meio ambiente. Garantir que ele se alimente de um colostro de boa qualidade nas primeiras horas de vida, irá protegê-lo durante as primeiras semanas, porém isso só será possível se tiverem sido efetuados os cuidados com a égua gestante em todas as etapas de sua gestação.
A queima do umbigo é uma prática simples e eficaz de higiene, um procedimento que permite cuidar de sua sanidade. O umbigo é uma porta de entrada para os micro-organismos, já que os pequenos possuem o hábito de mamar e em seguida se deitarem, mantendo um contato constante com o solo, tornando-se assim presas fáceis de contaminação.
Além de todos esses cuidados há o que eu chamo de fator primordial: Dedicação. Sem dedicação fica difícil falar de cavalos...o criador de cavalos precisa ter o animal na alma. Sentir e saber interpretar suas atitudes...já é um bom começo para o início do sucesso!
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